Risco de doenças fúngicas em épocas chuvosas

Como consequência das chuvas que se registam e da previsão de chuvas e temperaturas amenas para os próximos dias, a Rede Andaluza de Informação e Alerta Fitossanitários (RAIF) informou que as doenças que normalmente afetam as culturas agrícolas são favorecidas por estas condições meteorológicas.

Assim, a mesma especificou que existe uma série de fungos mais comuns que podem ser encontrados em começo de parasitação em poucos dias os campos de cultivo devido às condições ideais que estão a ocorrer para o seu estabelecimento e desenvolvimento.

No caso do olival, o RAIF referiu-se ao olho de pavão (Fusicladium oleagineum) e explicou que os sintomas nas folhas surgem sobretudo nas parcelas onde o terreno retém mais humidade do solo, pois esta circunstância favorece o seu desenvolvimento, principalmente naqueles locais como córregos, barrancos e áreas de sombra, onde é fácil que ocorra condensação de água na folha.

Para a germinação do fungo, é necessária água livre sobre os conídios (elemento reprodutivo do fungo) e na área de penetração no tecido recetor (geralmente a folha), além de temperaturas entre 8 e 24°C, com um ótimo de 20 ° C.

Durante o mês de maio está a ser realizada uma demonstração específica em todas as Estações de Controlo Biológico, onde se pode detetar a presença em mais de metade das parcelas apresentadas nas zonas olivícolas, mas ainda com valores baixos, conforme especificado.

Também foi referido o cercosporiose (Pseudocercospora cladosporioides), ao indicar as situações meteorológicas que favorecem o seu desenvolvimento são as de elevada humidade relativa e temperaturas entre os 5 e os 30°C. Os tratamentos preventivos contra o repilo também são utilizados contra esta doença.

A RAIF relembra que a melhor estratégia contra as doenças, ao contrário das pragas, é a preventiva. Conforme foi especificado, deve-se agir quando a planta estiver sensível e existir as condições climáticas adequadas para o seu desenvolvimento, sempre priorizando medidas preventivas e/ou culturais, que podem ser alternativas ao controlo químico.

Antes de realizar qualquer controlo fitossanitário, a RAIF recomenda consultar o assessor da associação ou cooperativa para garantir o sucesso da intervenção, para além disso foi destacado também que ao realizar qualquer tipo de tratamento químico, devem ser seguidas as indicações do assessor técnico, bem como as informações refletidas no rótulo dos produtos fitossanitários a serem utilizados e respeitar os prazos de segurança estabelecidos pelos fabricantes desses produtos.

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