Biotecnologia para a Compostagem de Resíduos de Olival 

A BTM nasceu da necessidade de dar um novo impulso à gestão e valorização dos resíduos e subprodutos do olival. 

A compostagem é um processo biológico, aeróbio, exotérmico e controlado que permite a transformação e estabilização de materiais orgânicos em corretivos orgânicos, fertilizantes, bio estimulantes ou como ingrediente na fabricação de substratos. 

Desafios

Desafios na Gestão de Resíduos do Olival 

O Bagaço húmido de duas fases é uma matéria-prima difícil de gerir por si só devido à elevada humidade, à elevada concentração de fenóis e elementos gordos que apresenta. 

Os resíduos derivados da elaboração do azeite concentram-se em 2-4 meses, dependendo da realidade do lagar. Esta característica supõe um desafio para uma gestão industrial correta. 

A maioria das empresas da indústria do azeite elimina a água vegetativa e a água de lavagem por evaporação, através de sistemas de nebulização (os convencionais secadores de bagaço). 

Desafios agrícolas

Por outro lado, a agricultura também vive momentos de importantes desafios ao nível dos sistemas de gestão do solo e fertilização das culturas: 

– Deficiência de matéria orgânica (MO) em solos agrícolas. 
– Baixa atividade biológica e perda de fertilidade em solos agrícolas. 
– Dificuldade em adquirir corretivos orgânicos ecológicas locais. 
– Aumento das áreas agrícolas onde existem limitações à aplicação de fertilizantes sintéticos. 
– Instabilidade nos preços dos fertilizantes químicos. 

Soluções, Biotecnología BTM

Anos de experiência em instalações de compostagem em diferentes países levaram-nos a desenvolver um sistema eficiente capaz de rentabilizar a compostagem industrial de resíduos e subprodutos produzidos no olival. 

A compostagem com biotecnologia BTM é uma poderosa ferramenta composta por um protocolo industrial eficiente e o “Starter BTM OLIVE”, um consórcio de microrganismos expressamente selecionados para acelerar, melhorar e facilitar a compostagem industrial dos resíduos do olival e a maturação do produto final. 

A biotecnologia BTM permite a valorização dos subprodutos do olival, transformando-os por si próprios, de forma rápida, fácil e segura, em composto ecológico de alta qualidade e em linha com os novos regulamentos para a produção agrícola, os princípios da economia circular e a sustentabilidade ambiental. 

A compostagem com biotecnologia BTM oferece os seguintes benefícios industriais:

– Compostagem livre de esterco e produtos sintéticos como a ureia. 
– Ativa e acelera o processo de compostagem sem o uso de produtos sintéticos como a ureia. 
– Maior aproveitamento das instalações. Um mesmo espaço permite 3 a 5 ciclos de compostagem por ano. 
– Elimina a emissão de odores desagradáveis ​​durante o processo de compostagem. 
– Obtém-se um composto adequado para a Agricultura Orgânica, altamente humidificado e rico em microrganismos benéficos. 
– Composto livre de patógenos. 

Além das mencionadas acima, oferece as seguintes vantagens económicas, ambientais e sociais:

– A aplicação de composto de alta qualidade melhora as condições físico-químicas e biológicas do solo. 
– Reduz custos e melhora o desempenho do solo fertilizado 
– Favorece a uniformização e controlo dos custos de produção do azeite e da azeitona de mesa. 
– Facilita a obtenção de certificados de boas práticas industriais, sequestro de carbono e mitigação das mudanças climáticas. 
– Permite a aplicação de políticas industriais de Economia Circular e Zero Waste. 
– Favorece a fixação da população no meio rural, reduzindo a sazonalidade do trabalho. 

Resíduos que valorizamos.

A Biotecnologia BTM permite quer a compostagem de bagaço e bagaço húmido de duas fases por si só, quer a compostagem utilizando qualquer tipo de agente estruturante vegetal (folhas, restos de poda).  

A adição destes agentes estruturantes permitirá reduzir a humidade e textura do produto a processar, redução necessária para a formação de pilhas de composto com pelo menos 1,3 mts de altura. Este procedimento, porventura, obriga a um maior trabalho que a opção de desidratação mecânica, nomeadamente na mistura dos agentes estruturantes com o bagaço. 

Compostagem de bagaço húmido de duas fases, adicionando folhas ou restos de poda

Sistemas de extração de 2 fases obtém-se um bagaço húmido de azeitona, sub-produto com uma humidade que normalmente oscila entre 65% e 72% dependendo do sistema de laboração do lagar (desencaroçamento, adição de água no processo de extração, etc). 

Utilizando as folhas como agente estruturante, a proporção de mistura de cada um dos materiais seria 70-75% de bagaço húmido de duas fases e 25-30% de folha de oliveira. Com esta proporção, pretende-se obter uma mistura com uma humidade de cerca de 55% e uma densidade de 0,6 tn/m3. Estes valores permitem a formação de pilhas de compostagem e favorecem de imediato a sua oxigenação, elemento-chave durante o processo de compostagem. 

Compostagem de bagaço desidratado

Outra alternativa à redução inicial da humidade presente no bagaço é a desidratação por processos mecânicos. Esta opção é mais rápida e menos trabalhosa, permitindo a redução da humidade presente no bagaço para valores entre os 50% e os 55% (ideal para a formação das pilhas para compostagem). 

Uma grande vantagem económica deste processo é a obtenção, em simultâneo, do denominado azeite de repasso, produto de valor acrescentado e importante na equação de rentabilidade económica do processo. Mesmo em bagaços já repassados uma vez, ocorre a obtenção de uma percentagem de gordura face à gordura total existente no sub-produto bagaço.  

Em bagaços frescos a quantidade de gordura obtida será menor embora com maior qualidade. Em bagaços armazenados em balsa a quantidade de gordura obtida será maior embora com menor qualidade (menor valor económico por kg). 

Em bagaços armazenados em balsa torna-se mais fácil a separação da fase líquida (água), obtendo quer uma fase líquida com menos partículas solidas, quer uma fase sólida (bagaço desidratado) com menos humidade. No entanto, armazenar bagaço em balsa obriga a um investimento em estrutura de armazenamento e posterior movimentação de bagaço que, dependendo das características da instalação, não justifica. 

A desidratação por meios mecânicos obriga ao armazenamento das águas residuais obtidas no processo, que serão posteriormente reutilizadas no processo de compostagem, de forma controlada, facilitando e acelerando o mesmo. 

Compostagem de bagaço desidratado

Outra alternativa à redução inicial da humidade presente no bagaço é a desidratação por processos mecânicos. Esta opção é mais rápida e menos trabalhosa, permitindo a redução da humidade presente no bagaço para valores entre os 50% e os 55% (ideal para a formação das pilhas para compostagem). 

Uma grande vantagem económica deste processo é a obtenção, em simultâneo, do denominado azeite de repasso, produto de valor acrescentado e importante na equação de rentabilidade económica do processo. Mesmo em bagaços já repassados uma vez, ocorre a obtenção de uma percentagem de gordura face à gordura total existente no sub-produto bagaço.  

Em bagaços frescos a quantidade de gordura obtida será menor embora com maior qualidade. Em bagaços armazenados em balsa a quantidade de gordura obtida será maior embora com menor qualidade (menor valor económico por kg). 

Em bagaços armazenados em balsa torna-se mais fácil a separação da fase líquida (água), obtendo quer uma fase líquida com menos partículas solidas, quer uma fase sólida (bagaço desidratado) com menos humidade. No entanto, armazenar bagaço em balsa obriga a um investimento em estrutura de armazenamento e posterior movimentação de bagaço que, dependendo das características da instalação, não justifica. 

A desidratação por meios mecânicos obriga ao armazenamento das águas residuais obtidas no processo, que serão posteriormente reutilizadas no processo de compostagem, de forma controlada, facilitando e acelerando o mesmo. 

Compostagem de bagaço extratado

Bagaço extratado é o subproduto de fábricas de extração de bagaço, derivado da extração química do óleo de bagaço. 

Dada a sua baixa humidade (7%-10%) e alta concentração de potássio no bagaço, em épocas de baixo valor comercial para venda direta como biomassa, a compostagem pode ser uma solução interessante para revalorizar. 

Durante a compostagem, grande parte das águas residuais acumuladas nas lagoas da indústria é consumida. 

Compostagem de bagaço de azeitona de mesa

O bagaço proveniente da indústria da azeitona de mesa é um resíduo com elevados teores de sódio, elevada humidade e elevada capacidade de retenção de água. 

Misturado com material estruturante vegetal (folhas ou restos de poda) obtém-se um composto com uma textura interessante. 

Como alternativa, a desidratação mecânica será menos laboriosa e obterá um produto de valor acrescentado (azeite de repasso). 

Unidade de compostagem

A compostagem com BTM Biotecnologia permite realizar 3 a 5 ciclos de compostagem por ano. Tal traduz-se num menor investimento inicial devido, entre outras coisas, ao menor tamanho da superfície de compostagem e do equipamento necessário para realizar o trabalho de compostagem. A utilização de mais de um ciclo de compostagem obriga, no entanto, a um armazenamento do bagaço húmido em balsa, com todos os benefícios e desvantagens daí inerentes. 

Uma unidade de compostagem é necessariamente composta por uma laje em betão, uma lagoa de armazenamento de águas residuais e valas perimetrais. Para realizar um processo de compostagem eficiente, recomendamos também os seguintes espaços: 

– Área de coleta: Esta área é utilizada para coletar os materiais necessários para realizar outros ciclos de compostagem (no caso de adição de agentes estruturantes como folhas). Também pode ser utilizada para misturar, ajustar a umidade e preparar a matéria-prima para um novo ciclo.  

– Área de armazenamento de composto: Área coberta, recomendada caso não se preveja um escoamento rápido do composto final. Desta forma o produto acabado ficará protegido do sol e da chuva. 

– Área de armazenamento/laboratório: Armazenamento de equipamentos e ferramentas necessárias ao processo de laboração. 

Máquinas para unidades de compostagem

A nossa experiência na compostagem industrial de subprodutos de oleaginosas leva-nos a apontar as seguintes máquinas como essenciais em projetos em que são geridas mais de 1.000 toneladas de matéria-prima e onde é necessário completar o ciclo de compostagem em menos de 120 dias. 

Volteador de compostagem:

São máquinas que favorecem a uniformidade e a oxigenação correta em sistemas de compostagem aeróbica controlada. 

Recomendamos o uso de um volteador autopropulsado, pois possibilita a rentabilização dos espaços da unidade e uma economia de combustível. Outra opção com menor custo inicial é um volteador de arrasto, ou seja, conectado à tomada de força de um trator. Além da venda destes equipamentos novos ou usados, a BTM Simbiosis oferece a opção de aluguer do modelo autopropulsado Backhus A30. 

Pá carregadora:

É utilizado para poder movimentar os subprodutos por toda a planta (misturar, formar pilhas, retirar produto acabado, carregar camiões, etc.). 

Separador de túnel tamisador:

São máquinas que permitem a separação do composto em diferentes granulometrias por meio de uma peneira rotativa, permitindo que o produto final tenha maior valor comercial e versatilidade em diferentes usos agrícolas. 

No caso de ser ter optado por uma desidratação mecânica ao invés da adição de agentes estruturantes, na fase inicial do processo, este equipamento não será necessário. 

Em caso de necessidade, A BTM Simbiosis dispõe de um túnel tamisador Gremac E1 disponível para aluguer, reduzindo assim a necessidade de investimento dos nossos clientes. 

Producto final, composto orgânico a partir de bagaço húmido de duas fases de alta qualidade.

A biotecnologia BTM permite a produção de um composto orgânico de bagaço húmido de duas fases, rico em microrganismos desenvolvidos durante o processo de compostagem. Utilizando o bagaço húmido de duas fases como única matéria-prima, podemos garantir a obtenção de um produto com características uniformes, sem resíduos de pesticidas e outros compostos sintéticos, 100% de origem vegetal e adequado para agricultura orgânica, regenerativa ou biodinâmica. 

O composto produzido com a biotecnologia BTM é caracterizado pelas seguintes qualidades:

– Grande riqueza de microrganismos benéficos, maior do que os presentes nos processos de compostagem comuns. Isso traduz-se num aumento na solubilização dos nutrientes do solo e uma melhor assimilação destes pelas plantas, além de oferecer um efeito supressor contra patógenos edáficos. 

– Regenerar e preservar a fertilidade do solo, com alta percentagem de matéria orgânica e equilíbrio de nutrientes. 

– Proporciona um efeito regenerativo na estrutura do solo, o que aumenta a capacidade de infiltração de água e nutrientes. 

– Alta concentração de extratos húmicos, favorecendo a libertação de elementos minerais e aumentando os teores de matéria orgânica no solo por um longo período de tempo, o que protege o solo de processos erosivos, evitando assim a perda da camada fértil do solo. 

– Livre de sementes de qualquer tipo, pois é um produto da compostagem de frutas e ao qual não foi adicionado qualquer outro componente. 

Usos comerciais do composto BTM

Dependendo da técnica de compostagem utilizada e de maturação do produto final, o fim comercial do composto e respetivo valor económico pode variar nas seguintes faixas: 

Sem triagem, processo de 90 a 120 dias: 

Obtém-se um produto ideal como fertilizante de base para cereais e culturas lenhosas como oliveiras, amendoeiras, pistácios, vinhas ou árvores de fruto em geral. 

Venda a granel ou em big-bags. 

Triagem em 8mm e mais de 120 dias: 

Obtém-se um produto ideal como fertilizante de base para cereais e culturas lenhosas como oliveiras, amendoeiras, pistácios, vinhas ou árvores de fruto em geral. Também para hortaliças em estufas ou ao ar livre. 

Venda a granel ou big-bag. Ideal para processos de peletização como base orgânica para produtos organominerais. 

Triagem a 5 ou 8 mm e mais de 150 dias: 

Obtém-se um produto ideal para uso como ativador e regenerador de solo em estufas ou para uso como bioestimulador no transplante de árvores e arbustos. Essa maturação garante um produto totalmente estável para ser ensacado em qualquer formato. 

Venda a granel, big-bag ou ensacado nos formatos do setor agrícola ou jardinagem. Também é ideal para processos de peletização ou como base orgânica para produtos organominerais. Excelente inóculo para fazer chá de compostagem. 

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